Sentado
eu estava à porta do outono
Vi
folhas num último suspiro se desprenderem
De
uma poderosa Aroeira, elas não tinham medo de cair
Sabiam
que os ventos as sustentariam
Embalando
seu sonho de fim e descanso.
A
Aroeira ficou desfolhada, nua, troncos lisos
Para
enfrentar o inverno, que cruel é:
Ter
que despir-se assim de toda coragem e beleza
Para
enfrentar um monstro gelado, mas não insuperável
Pois,
o inverno passa e a árvore fica (inabalável) dormente
Nos
seus insights de ilusões, somente esperando
Vestir-se
de folhas e sonhos novamente.
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