Essa
alma amarga feito jiló
(dá
dó)
Chora
como as nuvens altas
Apodrece
feito corpo na cova.
É
leão que teve os dentes arrancados
Juba
aparada e garras cortadas.
É
passarinho engaiolado
Sem
penas (só pena), sem asas
Sem
canto ou voo.
Pobre
alma triturada pela vida
Presa,
indefesa,
A
mercê do corpo vítima do tempo
E
de toda horda de tormentos e lamentos.
Ô
poeminha triste.
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