segunda-feira, 4 de maio de 2015

POESIA - TACITURNO - THIAGO LUCARNI





Vela que queima
Véu da lua fria
Noite que vai
Vida que se apaga.
Móveis fora de lugar
Tudo bagunçado
E eu calado, quieto
Vendo tudo passar
Apático, sem força
Alma anêmica (quase adormecida)
A lástima ferida do eu
Neste coração taciturno
Que pouco faz além de bater
E reclama categoricamente:
— Tum-tum, tum-tum estou cansado.
— Tum-tum, tum-tum posso parar?
— Tum-tum, tum-tum...
Calou-se meu taciturno coração.

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