FOTO: Thiago Lucarini
Flor
de algodoeiro
Suas
pétalas de ouro primaveril
Anseiam
serem brancas nuvens baixas (sem chuva)
Flor
de algodoeiro
Gesta
em sua corola maciez e sensatez
Tece
sonhos feito aranha tímida
E
dorme nos fios da própria rede (teia)
Esperando
ser (um dia) bom tecido,
Bela
roupa, colorida, divertida
E
quem sabe voltar a ser flor (de novo)
Agora
estampada para sempre
Numa
peça de vestuário de tenro algodão.
Flor
de algodoeiro
Falo,
aqui, de roupas e eternidade
Mas,
pergunto-me curioso
Quem
te vestiu com um pedaço tão macio do céu?
Como
desabrochas nuvens fofas
Com
raízes firmes em terra tão dura?
Ó
flor de algodoeiro
És o milagre
das flores nuas.
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