Ainda
dói tanto,
Tanto,
tanto, tanto
Este
buraco deixado na minha alma
Pelo
espinho da tua miserável partida.
Não
suporto mais caminhar sem rumo,
O
peso deste corpo inútil sobre estes pés cansados.
Não
suporto mais ver este reflexo apático,
Cheio
de bolsões de lágrimas estampados
Nestes
olhos enevoados feitos de chumbo
Inorgânico
que me arrasta para o fundo
Desta
face espelhada e brilhante, que amarra
Os
resquícios desta alma, desfeita, liquefeita
Pela
tragédia da fria solidão. As paredes desta casa
Gritam
o teu nome ressoando por todo o meu corpo,
Que
vibra baixinho na exata frequência da sua ausência.
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