À
sombra
Dos
funestos prazeres
O
lamacento pecado.
À
sombra
Do
eu existencial
A
ardilosa tentação.
À
sombra
Da
minha vontade
A
praga da corrupção.
Como
manter-me puro?
Se
muitas vezes, eu só tenho a mim
As
sombras me cercam
E
de dentro delas vejo o sorriso do diabo.
Com
medo faço regressão e viro
Criança
manipulada pelos instintos
Sempre
amedrontada pelo bicho-papão
Da
religião. Como manter-me puro?
Resta-me
apenas um consolo salvador
Que
em sagradas palavras diz:
Aquele que
habita no esconderijo do Altíssimo,
À sombra do
Onipotente descansará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário