sexta-feira, 20 de maio de 2016

POESIA - AUTOBIOGRÁFICO DAS TEMPESTADES - THIAGO LUCARINI

Estes olhos enevoados
Refletem meu coração nublado

Sou autobiográfico
Das tempestades humanas

Sou rei irrevogável do fardo,
Tenho a coroa das precipitações,

Da lama imoral formada
Pelas águas da autossugestão

Do pensamento perverso vindo do exterior alheio
(o mal) e irremediavelmente corrompido.

Chovo seco, pois as lágrimas
Vertem do lado oposto, por trás dos olhos, dentro da pele.

Vagueio no céu do espelho sem azul,
Nele só vejo o mar plúmbeo desta alma,

A tormenta diária, ininterrupta, de chagas molhadas.
Estou permanentemente com o tempo fechado

Desfazendo-me em lágrimas dogmáticas

Refazendo-me em densas nuvens carregadas.

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