Vi
o mar quebrado
Num
amontoado de cacos
Sem
poder criar belos afogados.
Antes
a cristalina superfície
Esmaltava
o céu de límpido azul.
Hoje,
densos blocos de entulho cinza
Tingem
de apatia o firmamento triste.
As
ondas são agora pontas de facas
Num
perene murmúrio metálico tilintante.
Toda
a vida equórea desapareceu.
No
mar de escombros não se pode
Navegar
ou viver, só a morte é lícita.
Quem
quebrou o mar de águas instáveis?
Quem?
Por quê? Por quê fizeste tal atrocidade?
Rumores
sustentam que um coração magoado
Atirado
ao mar, denso de pesares e tristezas
Fora
o responsável por quebrar a harmonia
Salgada
das águas. Morreu o mar, e eu.
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