O
papel que sangra
É
fruto da transposição
Da
ferida da alma
Para
as linhas da cura.
O
papel que chora
É
espelho dos olhos nublados.
O
papel que ri
É
o retrato do sorriso do poeta.
O
papel que ama
Guarda
o bater afobado do coração.
O
papel que vive
É
sinal de um poeta,
Que
se fez gloriosamente
Maior
que a morte.
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