O
índio nativo goiano
E
o contrabandeado negro africano
Elo
operante do comboio bandeirante
O domínio pela
espada do homem branco
Que
veio abrir as minas auríferas com o uso
De
arrobas de sangue para amolecer a dura rocha.
Os
jesuítas faziam às Descidas pelo leito dos rios
Aglutinação dos
órfãos da sorte
Cativando
índios e recolhendo
As
vendáveis e raras Drogas do Sertão.
Os
paulistas apoiados pela Coroa nas Bandeiras
Chegada dos
senhores sem pertencimento, de fato, a terra
Vinham
subindo do Sudeste abrindo caminho,
E
desembocavam no centro do coração brasileiro
Para
expedições de reconhecimento de jazidas.
Goiás, a áurea aposta
de novos recursos do Império
Achou-se
o ouro. Extinguiu-se o índio,
Inutilizou-se
o escravo comido pela boca faminta das minas.
Depois
de estabelecida a rotina embalou-se o embrionário Estado
Do ventre seco
das jazidas brota à crise do poderio
Precário,
flutuante e isolado pelas suas terras maternas.
Sem
índios e escravos para mão de obra, os ricos para não se tornarem pobres
Voltaram-se
a agropecuária de subsistência comendo as cinzas da fênix dourada.
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