sexta-feira, 27 de maio de 2016

POESIA - PIEDADE SENHOR, PIEDADE - THIAGO LUCARINI



Sou pecador
Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre
Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo
                                        Piedade Senhor, Piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar
                                                                     Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar o maior número
                                                                                    Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar o maior número de almas
                                                                                    Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar o maior número de almas
                                                             [por isso, o engano não é de todo meu, ó Pai
                                                                                           Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar o maior número de almas, por isso, o engano não é de todo meu, ó Pai. Claro, que isso, não justifica minhas transgressões
                                                                                        Piedade Senhor, piedade.

Sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar o maior número de almas, por isso, o engano não é de todo meu, ó Pai. Claro, que isso, não justifica minhas transgressões, mas, peço-te Todo-poderoso que tenhas indulgência por mim no fim.
                                            Piedade Senhor, piedade.

Piedade Senhor, piedade, pois sou pecador que erra sempre tentado pelo Inimigo, que jurou roubar o maior número de almas, por isso, o engano não é de todo meu, ó Pai. Claro, que isso, não justifica minhas transgressões, mas, peço-te Todo-poderoso que tenhas indulgência por mim no fim. Livra-me da horrenda morte. Abençoes e retires de sobre mim a sina de usufruir de um caminho triste. A Ti, ó Santo Misericordioso eternamente clamarei:
                 Piedade Senhor, piedade.

POESIA - PROSELITISMO - THIAGO LUCARINI



Quis eu converter as abelhas
Fazê-las deixarem de tirar o néctar das flores
Alegando ser esse um trabalho inglório e fácil,
Além de o mel gerado ser enjoativamente doce.

Tentei imprimir-lhes a ideia de retirar o néctar
Das pedras duras. Ó quão maravilhosa não me era esta
Ideologia! Que mel tão nobre não nasceria a partir das pedras?
Era eu um revolucionário crente fiel. Juro que eu só queria o bem maior.

As abelhas negavam-me veementemente, porém,
Eu não desisti, continuei a pregar a elas insistentemente.
Até que vencidas pelo cansaço, as abelhas se converteram
Adotaram a contragosto minha concepção subjetiva forjada em nada

E assim começou a história da danação dos tolos. Culpa minha
As abelhas deixaram as flores para buscar o néctar das pedras.
A priori fiquei feliz pela imposição da minha vontade humanamente divina.
Resultado triste disso: Homens e abelhas morreram sem alimento,
Não consegui reverter a neoconversão, portanto, hoje, padecemos em fome.

POESIA - PONTE TANGENTE - THIAGO LUCARINI



Homem de pouca fé, salta da ponte,
que o resto é chama
de antanho e antonte.
Sônia Elizabeth

A ponte que margeia o meu coração,
Separa mundos, do lado de lá: primavera e alegria.
Do lado de cá: inverno e solidão.

Interditada, a ponte, não permite travessia,
Porém tangencia com esmero a promessa daquilo
Que poderia ter sido inesquecivelmente belo.

Estou eu, um jardim seco, permanentemente do lado de cá
À sombra da felicidade ordinária aos outros. Ó Santo Deus,
Piedade Senhor, piedade. Livre-me desta ponte tangente.

23/05/2016.