Passarinho
cresceu.
Virou
pássaro,
Mas
sua mãe-harpia
Não
o deixava voar.
Preso,
encolhia suas asas
Permanecia
quieto, silencioso
Vagando
no ninho
De
um lado para o outro
Perdido,
esmorecendo
Privado
de espaço,
De
oxigênio, de alimento,
De
ser ele...
Em
alguns dias
Desejava
fortemente
Pular
do penhasco
Para
livrar-se do olhar inquisidor
Da
harpia-mãe.
Talvez,
somente talvez
Morrer
seria melhor
Que
continuar com asas inertes
Enclausurado
na redoma.
Quem
sabe a morte
Finalmente
lhe concedesse
O
voo derradeiro,
A
tão sonhada
LIBERDADE.
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