sexta-feira, 29 de julho de 2016

POESIA - MUDEZ ABSTRATA - THIAGO LUCARINI



A Evelyn Postali

Que poesia eu perdi nas águas do tempo?
Incrustada naquela casa à beira do rio

Toda a ferrugem e ranço dos cacos do passado.
Um rebento de orvalho em flor para aplacar a dor

E mudar tudo com um novo fruto de amor.
O silêncio, primeiramente, é moeda de troca ingrata,

Arguição abstrata que diz tanto e tão pouco em sua mudez.
Após insistências, o sorriso alcança infinitos concretos.

As estrelas brotam no chão do céu
E no céu do coração de todo o impossível.

O silêncio, bem, ainda está lá, faz parte do todo,
Mas, agora, é sinal de entendimento,

De um compartilhamento e cumplicidade
Que palavra alguma no mundo pode traduzir.

Um comentário:

  1. Querido amigo e poeta Thiago Lucarini.
    Estou deveras encantada com isso. Me emocionou profundamente. É de uma delicadeza ímpar. Você tem a alma de artista. É de fato um poeta.
    Continue a encantar com suas palavras tão delicadas e, ao mesmo tempo, intensas, nossas almas tão sedentas de beleza. Não a beleza superficial, mas a beleza que é parte desse universo carregado de sentimentos e sentido.
    Obrigada de coração!
    Beijos e abraços carinhosos.
    Evelyn.

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