João nasceu
Com uma peculiaridade
Ao invés de coração
Brotou no seu peito singular
Uma rubra rosa, vermelha, vermelha,
A qual mantinha vivo
Todo o corpo de João.
O menino não podia se descuidar
Deixar a rosa murchar
Ou algo estranho acontecer,
Pois corria o risco de morrer.
João protegia sua rosa-coração
Sem inverno ou pétalas caídas
Dos intrusos a todo custo,
Dos interesseiros vadios e hipócritas.
A rosa era a sua vida, literalmente,
E somente dela, portanto, cuidava.
Até que um dia, João se apaixonou
No desatino arrancou à rosa do peito
E a entregou ao seu objeto de amor.
Se João viveu ou morreu
Só a reciprocidade da garota amada
Poderá nos afirmar.
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