A vida é um vidro de conservas.
Estamos embebidos numa vaga suspensão
Salina, de resultados e consumo duvidosos.
Neste mundo líquido de pouca certeza,
De vácuos extremos e muita indiferença
Permanecemos ainda, sim, no mesmo meio
Dicotômico de cultura, biótico e insalubre.
Febril e vazio de várias formas inúteis. Proliferam
Coisas estranhas pelo líquido condutor de vida e
morte.
Não há ar, não há espaço, não há sentimento.
Somos basais irreais em contínua reprodução assistida.
Quando a redoma de conservas irá desfazer-se?
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