sexta-feira, 8 de julho de 2016

POESIA - CORAÇÃO HÍBRIDO - THIAGO LUCARINI



Tenho um coração híbrido.
Cansei do vulgar natural

Hoje, misturo carne ao artificial.
Assim, livro-me do sofrer substancial.

Serei um tanto máquina, mecanicamente
Dissolvido da subjetiva e dura humanidade.

Só não quero, de todo, perder a sensibilidade,
Pois mesmo que, um dia, eu seja, todo de ferro

Ainda, sim, serei poeta, sendo a poesia
Bendito ácido, em questão, a lembrar-me

Do humano que um dia eu fui. Por enquanto,
Sigo mudando, mundano, mecânico humano.

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