sexta-feira, 8 de julho de 2016

POESIA - CHUVA - THIAGO LUCARINI




Nuvens melancólicas
Por que sempre choram?
Estar no alto não lhes basta?

Eu sei! Meu coração uma vez também
Esteve no alto sob a luz do amor,
Mas de falsa precipitação escureceu.

Rapidamente vi o tempo fechar
O sol nublou-se. Formou-se tempestade.
E eu disse ao tempo natural das coisas:

Se chover, que seja chuva mansa,
pois tempestade por tempestade
trago uma dentro de mim.”

E ainda disse eu ao motivo de retenção
Das águas nos meus olhos-nuvens:
Se for, de verdade, me deixar

saia antes de a chuva cair
das nuvens e de mim.
Dê-me a decência de chover só.”

Deixe-me ser o nada líquido que criou
Permita-me escorrer, fluir para os rios,
E no seio das águas ser oceano infinito.

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