quinta-feira, 28 de abril de 2016

POEMA - LUA DE SOMENOS - THIAGO LUCARINI

A lua chorou sem dar recados
Seus sonhos encapsulados.
Colérica, pauperizou seu brilho
Escurecendo-se um pouco a cada ciclo.

Suspensa e distante no firmamento
A lua reflete todo o seu cântico de lamentos
No oceano frágil e baixo escoando somenos.
Pobre astro satélite sem doce pertencimento.

Surda lua de rico argênteo halo nascente
Escute este poeta de voz evanescente:
Não existe no céu beleza mais sublime

Que a tua. Livre-se desta amargura de bile.
Deixe o sofrer comigo, seu amigo, seja plena

Sem pena de si mesma. Magnífica: brilhe!”

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