sexta-feira, 15 de abril de 2016

POESIA - CÃES DE GUERRA - THIAGO LUCARINI

O que mais tem são cães de guarda
espumando de cólera na cola da paz.
Joaquim de Azevedo Machado

Durante o dia
Os cães de guerra
Seguem a frente
Do pelotão
Ominioso arauto
Ganindo
Espantando
Pombos brancos
Abrindo caminho
Entre a vida.

Durante a noite
Os cães de guerra
Vão atrás
Da infantaria
Roendo os ossos
De ócio, e de paz.
Bebendo o sangue
Dos caídos, uivando
Na treva que recaí.
Lambendo os restos

Da morte conquistada.

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