— Tu és a morte?
pergunta.
Lá
de longe
Do
norte sem sorte
Veio
cheia de candura
A
boa morte
Cumprir
ofício com aqueles,
Que
da vida se despedem.
— A morte sou!
Venho trazer-te
descanso
Do viver que te
humilhou.
Veio
à morte aliviar o cansaço
Das
costas dos que sofrem,
Pôr
bálsamo nos pés calejados.
Ó
quão santa samaritana ela é.
Pensava em ti
com terror...
Ninguém
cuida dos mortos
E
dos homens mais que
A
nobre morte marginal.
Dos
vivos ela absorve toda a dor.
A fronte do
homem tocou,
Com infinita
doçura
Depois com o
maior carinho
Os dois olhos
ela cerrou.
A
doce morte ao ir embora,
Comovida
a porta do casebre fechou,
E
fez brotar do chão
Uma
rosa branca, um ídolo nascido
De
amor pelo vivo que morto se tornou.
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