Sei
como deve ter sido a sensação
Dos
anjos aos despencarem do Paraíso
Eterno,
pois passei uma vida toda caindo,
Oscilando
entre conturbados pensamentos
Do
fim. Não tive tempo para ser feliz.
Sei
como deve ter sido a dor
Do
impacto no poço de fogo,
E
sair dali com as asas e corpo
Queimados
sofrendo o preço
Do
litígio com o Céu, e da aliança com o pecado.
Obviamente,
não sou um anjo nem místico
Porém
tive a minha queda humana onírica.
Beijei
a decadência. Rastejei na sarjeta
E
tenho no corpo as marcas aparentes do pecado
Tento
construir, daqui de baixo, asas alvas para voar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário