Pulei
do Porto de Sal
Visitei
o mundo dos afogados
De
haustos equóreos e ralos.
Vi
suas dorsos brancos e flácidos
Como
barrigas de peixes antigos.
Mergulhei
nestas águas negras e frias
Águas
de dura e perene melancolia.
Dali
não se vê farol, praia, horizonte
Ou
mesmo o porto do qual pulei.
Ali
só se pode ir para o fundo
Com
pressão sufocante, mas fique
Tranquilo
ali não se morre apenas sofre
Sob
a força pragmática da desilusão
Vive-se
embalsamado em águas de solidão
Deste
mergulho sem volta a superfície,
Mas
de conservação eterna e suspensão.
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