PINTURA: Leonid Afremov
Acordei
de madrugada
Com
uma balbúrdia danada.
Olhei
pela janela escancarada
As
rosas em debandada
Fugiam
do meu imperfeito jardim
Apressadas
fugiam de mim
Na
tenra noite fechada.
O
que será de mim?
Sem
rosas no meu imperfeito jardim?
Folhas
caíram, algumas pétalas ficaram
Roseiras
peladas sem um botão restaram
Não
há mais o perfume. Só espinho.
O
quê eu fiz de tão grave?
Rápido
arrumo as malas
Sem
rosas não posso ficar
Vou-me
embora
Vou-me
sem demora
Vou-me
atrás das minhas rosas
Irei
me desculpar. Pedir,
Implorar
para elas que no meu jardim
Solenemente
voltem a morar.
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