FOTO: Thiago Lucarini
Em
Goiânia reza a lenda
Arde
o sol das chuvas de ouro
A
abençoar os bravos deste berço.
Ó
Goiânia
Pérola
do cerrado
De
verdes pastos,
Bosques
e buritizais
Suas
orlas crescem
Em
tons de ais sociais.
Mas
não falarei
Das
dores de vilipêndio
Nem
do selo atômico de setembro
Falarei
dos singelos amores
Delicados
feito um beijo
À
margem do Lago das Rosas.
Flor
goiana soberana és Goiânia
Erguida
em terra santa
Vista
toda do alto da Serrinha
Ou
do Morro do Mendanha.
Goiânia,
qual é a tua sanha?
Ou
façanha faceira de ser?
Águas
do Meia-Ponte e do João Leite
A
untam e ornamentam feito azeite.
Beba
sem medo teus ricos símbolos
Desde
os esquecidos índios Goyá
Ao
amarelo do ipê e do pequi
Filhos
áureos do chão de ti.
Dorme
Goiânia, seu sono das estrelas
Límpidas.
No seio da potente metrópole
Ergue-se
senhora no planalto
Fincando
suas raízes neste solo
Sertanejo,
viveiro de sonhos.
Teu
tempo passa e esbalda-se
Seja
nas varandas dos apartamentos
Ou
nas cadeiras de balanço das fazendas.
Passada
a noite, o sono do crescimento
Nas
folhas das árvores e jardins
As
gotas do orvalho encerrado
Refletem
todo o seu esplendor Goiânia
Em
sua simplicidade verde cingida
Pela
coroa moderna de arranha-céus.
Ó
Goiânia pareces menina que cresceu demais,
E
por isso, continua tímida e linda
Porém
com ares de inconfundível mulher.
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