quarta-feira, 20 de abril de 2016

POESIA - MAÇÃ PODRE - THIAGO LUCARINI

Sou a maçã podre
No meio da cesta
Fruto do ventre torpe
Esquecido à penumbra
Da vida, alimento pobre
Para mofo, para o morto.
Tóxico, eu violo o sadio
Infundindo o pior de mim.
Transfiro o ranço, o asco,
O azedume, a podridão.
Sou a maçã podre
No meio da cesta
Infectando, poluindo,
Corrompendo e eliminando

Tudo de bom ao meu redor. 

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