Espero que do Além-túmulo
Eu possa ver meus versos correrem o
mundo
Que eles ganhem distinta distância e alcunha:
LUCARINIANOS,
Assim como há pelos grandes mestres:
— Versos —
Machadianos
Casimirianos
Cecilianos
Bandeirianos
Alencarianos
Coralianos
Lispectorianos
Moraesianos
Bilaquianos
Verlainianos
Cabralianos
Drummondianos
(...)
São tantos ‘anos’, colhidos
Pelo tempo. Quero ser um.
Pelo tempo. Quero ser um.
Quem sabe um dia,
Pessoas lerão estes e tantos outros versos
de minha autoria,
E tentarão
Supondo um significado, quando o é bem
outro.
Eu rirei feliz, alma coroada destes
benditos
Versos Lucarinianos que ao chegarem
neste ponto
Não serão mais meus,
Mas de um poeta morto, profundo e famoso
E não deste poeta vivo, raso e
desconhecido
Que vos fala agora nestes versos íntimos e um tanto soberbos.
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