quinta-feira, 25 de junho de 2015

POESIA - CINZAS - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Incendiei-me em teus versos
Fui às cinzas no teu seio de amante
Maduro, rosado, pulsante, o qual
Alimenta este amor em lácteos devaneios
Na cadeia dos sonhos sem fim.
Banhei em fogo, mas não me queimei
Apenas esquentei uma alma antes morta e gélida
Graças ao teu rechonchudo seio
Neste corpo-flor de mulher perfeita.
Imploro a ti dama de solstícios e fascínios
Faça-me cinzas, cinzas, cinzas
Em teus braços de aconchego
Leve-me, gratamente, ao pó do qual saí.

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