quarta-feira, 24 de junho de 2015

POESIA - EDINALVA - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

                                                                                                         A Edinalva Dias da Silva Amorim

Despontou a primeira estrela da manhã
Apesar de todo brilho e potestade
A estrela era gentil e tímida,
Alma livre de amarras dogmáticas.
As flores, o orvalho, as lágrimas
O beijo do dia nascente no fim da silenciosa noite
Tudo chegava com a alva rainha
Primeira luz do mundo e do dia.

A estrela ganhou iluminância
Virou mãe do cosmos e exemplar esposa do sol, mas
Por vezes, esquecida, chorava seus invernos
Daquele universo cheio, porém solitário.
Pobre estrela sacrificada, sangra sua luz
Em prol da sua constelação bendita.

Estrela-mãe, humilde, não queria privilégios
Tampouco chamar atenção desnecessária
Apenas desejava ser lembrada, como a primeira dos tempos
E da manhã, nos seus sonhos de esposa e mãe.
Edinalva, estrela alva, orava pedindo sabedoria
Alguns dias a fé até podia vacilar, mas ela sempre ia de encontro ao Senhor do Firmamento
E voltava um tanto mais ignescente.

Sonhe estrela alva, Edinalva, sem neve nos olhos
Não se julgue menor que os outros (jamais)
Não o és, lembre-se que fora a primeira flor a brilhar no jardim-céu de Deus.
Sorria, pois todo esquecimento passa, assim como toda dor
No fim só resta o amor, puro amor, da sua constelação
Suas estrelas-crias e cônjuge a amam, nunca duvide disso.

Brilhe! Mãe do firmamento
Guie os sonhos das águas
Os bons sentimentos
Estrela alva.
Edinalva!


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