FOTO: Thiago Lucarini
A Edinalva Dias da Silva Amorim
Despontou
a primeira estrela da manhã
Apesar
de todo brilho e potestade
A
estrela era gentil e tímida,
Alma
livre de amarras dogmáticas.
As
flores, o orvalho, as lágrimas
O
beijo do dia nascente no fim da silenciosa noite
Tudo
chegava com a alva rainha
Primeira
luz do mundo e do dia.
A
estrela ganhou iluminância
Virou
mãe do cosmos e exemplar esposa do sol, mas
Por
vezes, esquecida, chorava seus invernos
Daquele
universo cheio, porém solitário.
Pobre
estrela sacrificada, sangra sua luz
Em
prol da sua constelação bendita.
Estrela-mãe,
humilde, não queria privilégios
Tampouco
chamar atenção desnecessária
Apenas
desejava ser lembrada, como a primeira dos tempos
E
da manhã, nos seus sonhos de esposa e mãe.
Edinalva,
estrela alva, orava pedindo sabedoria
Alguns
dias a fé até podia vacilar, mas ela sempre ia de encontro ao Senhor do
Firmamento
E
voltava um tanto mais ignescente.
Sonhe
estrela alva, Edinalva, sem neve nos olhos
Não
se julgue menor que os outros (jamais)
Não
o és, lembre-se que fora a primeira flor a brilhar no jardim-céu de Deus.
Sorria,
pois todo esquecimento passa, assim como toda dor
No
fim só resta o amor, puro amor, da sua constelação
Suas
estrelas-crias e cônjuge a amam, nunca duvide disso.
Brilhe!
Mãe do firmamento
Guie
os sonhos das águas
Os
bons sentimentos
Estrela
alva.
Edinalva!
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