FOTO: Thiago Lucarini
Coroa
de flores
Na
cabeceira do caixão
Simetria
de velas derretidas
Circunferência
da morte
Coroando
a cabeça altiva
Do
morto pálido
Em
glória póstuma.
Ó
morto ordinário
Displicente
não dispensa
Um
único olhar as flores,
Sua
inatividade lhe basta
Mármore
deitado
Sem
batimento
Sem
calor.
Coroa
imarcescível de flores
Não
se importe com o morto frio
Sua
indiferença é ciúme
Pois
sua beleza, apesar de efêmera
É
eterna, diferentemente
Do
morto que só apodrece.
Coroa
de flores
Aos
mortos jamais!
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