A
lua tombou da noite no horizonte
Trazendo
o dia em seus cacos de fases
A
luz revelou o encoberto funesto
Durante
a noite todos os pássaros morreram
O
mundo cobre-se de aves pequeninas:
Duras,
patas em riste ao Céu em última oração.
O
voo encerrou-se aos penados
(mortos
e cheios de plumas).
O
mundo achou o mórbido silêncio
Nada
canta, nada sussurra.
Só
os olhos derramam água salgada
A
poesia perdeu parte do seu sumo.
A
flor sem o beija-flor agoniza,
A
ausência permanente do amante,
Ela
triste chora, ficando nua e solitária.
Os
pássaros se foram
Cruelmente
todos de uma só vez
Sem
voo, sem canto, restam lamentos.
Até
onde a vista alcança
O
mundo reveste-se de penas inertes:
Penas
dos homens e dos pássaros mortos.
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