Sangrou a caneta
Sobre o alvo papel.
Sangue preto e enigmático
Fluiu moldando densos relevos
Antes inexistentes, criando contornos,
Poços de signos de profundidade duvidosa.
Floresceu o papel descolorido
Pelo sangue fecundo da caneta,
Trata-se de um vampiro anêmico ansiando
Vida externa para lhe dar verve e significado.
Suga o papel hemácias, plasma, tudo.
Seus dentes finos arrancam sangue
De tudo aquilo que se atreve a pousar
Seu pescoço perto de a sua boca branca.
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