segunda-feira, 3 de julho de 2017

POESIA - SEDE OCEÂNICA - THIAGO LUCARINI



O teto do teu oceano
É o piso da minha desolação,

Todo o teu comprometido azul
É fôlego que jamais poderei ter.

Tua profundidade de mistérios inconfessos
É refúgio dos meus anseios mais sinceros.

A surdez da tua cortante indiferença 
É o elo que almejo com amor despedaçar.

O olhar drenado de toda mudez
É o milagre que pretendo em ti operar

Senão mesmo em meio à vastidão das águas
Que com primor a faz, morrerei de sede oceânica.

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