segunda-feira, 10 de julho de 2017

POESIA - AFÉLIO - THIAGO LUCARINI



Foi-se de mim em afélio
Preferiu estar longe e só

Dos meus braços de sol.
Hoje se encontra gelada,

Batendo queixo, tremendo,
Quebrando os dentes de solidão.

Negou-se a ter o meu calor,
Meu dom, meu corpo-cobertor.

Do alto celeste ainda consigo ver
O quanto se agita na vã tentativa

De produzir algum teor de boa quentura,
Larga logo de frescura e volta à minha órbita.

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