segunda-feira, 3 de julho de 2017

POESIA - ROSTOS DECOMPOSTOS - THIAGO LUCARINI




O rosto se decompõe,
Mas não é podridão,

É ausência de expressão,
De qualquer sentimento.

Penduramos máscaras pálidas
Decompostas em talhada dureza,

Nada mostram nada falam
São estigmas da cordial frieza.

Mesmo a morte anuncia seu horror,
Mas na modernidade cabe-nos o vazio.

Não há terror, dor ou amor
Só rostos decompostos em mesmice.

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