segunda-feira, 10 de julho de 2017

POESIA - CONTÁGIO - THIAGO LUCARINI



Quase desmaiei diante do papel
E sua brancura de loucura reveladora,

Fiquei pálido, descolorido, liso
Feito o papel que encarava.

Assim minha alma ao invés
De depositar no papel meu verbo

De boa semeadura jorrada rompeu a flor da pele
Palavras de ambíguos sentidos e sensações únicas.

Desabrochei-me em flores negras,
Uma jabuticabeira ao contrário.

Virei árvore pelo contágio do papel,
Virei livro pela hemorragia criativa da alma.

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