Quase desmaiei diante do papel
E sua brancura de loucura reveladora,
Fiquei pálido, descolorido, liso
Feito o papel que encarava.
Assim minha alma ao invés
De depositar no papel meu verbo
De boa semeadura jorrada rompeu a flor da pele
Palavras de ambíguos sentidos e sensações únicas.
Desabrochei-me em flores negras,
Uma jabuticabeira ao contrário.
Virei árvore pelo contágio do papel,
Virei livro pela hemorragia criativa da alma.
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