terça-feira, 25 de julho de 2017

POESIA - ESTÉRIL PERFEIÇÃO - THIAGO LUCARINI



Despreguei-me das paredes
Do céu e cai em peremptória

Vergonha afastando-me da luz.
Cair sempre é mais fácil que permanecer

No alto luminoso, pois a santidade custa
Sacrifícios e devoção, sempre parecendo

Pouco divertida e feliz. Estar recluso
Num Paraíso impreciso sinônimo padecer.

De cara contra a cratera na terra que formei
Vejo coisas nascerem, boas e más, é vida

Além da estática, seletiva e estéril perfeição.
Removo as asas e as pedras e sigo humano.

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