segunda-feira, 3 de julho de 2017

POESIA - ROSA FANTASMA - THIAGO LUCARINI



Molhada de orvalho
Treme a rosa de frio
Ante todo um jardim de indiferença.

Treme amolecendo seus espinhos,
Trincando velhos espelhos e desejos.
Não há oração para um Senhor

Ou mesmo morte para alívio.
A roseira não fornece ninho
Nem o jardineiro parco adubo.

Padece a rosa chorosa
Desbotando seu vermelho vivo
Para ser fantasma na eternidade.

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