Sempre que estou contigo
Corro gigantesco perigo,
Pois todo meu corpo de libido
Transforma-se em frágeis bolhas,
Desfeito em delicadeza e inconsistência,
Prestes a estourar no toque das tuas cercas farpadas.
Esparramo-me feito as ondas do mar
Na praia da tua boca agridoce e selvagem.
Viro suspiro aerado assim como o sopro
De bolhas dos peixes em existência suspensa.
É difícil manter-me consistente diante do teu olhar,
Vou subindo leve para o êxtase do paraíso que me
fornece
E aos poucos me vou reconstituindo no apelo
Necessitado dos teus braços de pertencimento.
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