Estes olhos duros
De metal frio e estéril
Têm um olhar atômico,
Destruidor da minha dignidade mortal.
Seus olhos são negros
No pior sentido, não na cor.
Causam-me sofrimento e dor
Neles não há traço de amor, só pedra.
São poços sem reflexo da alma desta casca.
São dois vazios pregados no teu rosto,
Uma afirmação da perdição serpenteante,
Olhar nos teus olhos é morte certa.
Tolo, sou eu, por insistir em salvar-me
Num alguém que só pode me ferir.
Mereço mesmo ser enfeite de jardim.
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