segunda-feira, 24 de outubro de 2016

POESIA - FRUTO-CORPO - THIAGO LUCARINI



Casca dérmica protetora
A guardar o fruto-corpo

Ao estar ainda verde
É bela, cheia de água e inocente.

De acordo com o avançar do amadurecimento
Vai ganhando novos tons, perdendo água, novas linhas secas,

Outras qualidades menos chamativas, porém ainda belas.
No fim, a casca do fruto-corpo é fiel companheira e combatente.

É a única arraigada que se desfaz junto à polpa tenra,
Pois o corpo é um fruto que só a terra é capaz de comer.

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