Velhos monstros murchos
Acumulam-se nos mofos amarrotados
E nas sombras do guarda-roupa.
São roupas, peles há muito passadas
Lembranças de um tempo esquecido,
De falhos sorrisos e lágrimas verdadeiras.
Suas portas bambas e gavetas frouxas
Quase não seguram fechadas estas bocas
De hálitos diversos, perversos e nauseabundos.
Freme o móvel na noite escura, sacudindo de si
Partículas de pesadelos, é um monstro de segredos,
Suas entranhas secas confessam mortos enterrados.
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