Cantarolantes anjos bêbados
Do prístino néctar da glória
Caminham sorridentes e felizes
Pelas alfombras macias do Céu
Embebidos em açúcares idílicos,
Uma poesia ascendente dos véus.
Boêmios de paz guerrilheira,
Auréola de amiga santidade,
Mirra, fumaça doce, velas, incensos,
As linhas da lira do fadário dos anjos.
Asas iridescentes, de pôr do sol.
Bêbados anjos caminham abraçados
Soluçam bênçãos anônimas
Exalam proteção para os inocentes.
Mãos em prece, ao alto, anjos de assalto
O gozo, o dobro do júbilo celeste,
Um retrato sacro pintado no fremer
Dos pilares de toda a existência pura.
É festa no firmamento divino
Ante a chegada de boas almas.
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