O meu traço mais divino
É o risco negro da poesia.
Além disso, sou herege dos bons costumes,
Avesso a qualquer convenção pragmática disfuncional
Não sou de diatópicos mutualismos
Também não creio em arbitrário solipsismo.
Entedia-me toda a hipocrisia moral,
Todo debate de fundo desproporcional.
Canso-me fácil de pessoas desinteressantes
Que não usam o cérebro para viver.
Sou um pervertido do social comum,
Do avesso, não quero o mais do inútil mesmo.
Quero o prazer das loucuras de humanos conteúdos,
As sadias insânias de quem pode me acrescentar.
Estou longe de qualquer santidade,
Mas não sou o rei dos pecadores,
Pois tenho um traço essencialmente divino,
O risco da minha poesia santificada.
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