As rendas alvas que cerram
Teus olhos velados e calmos
Embalam todo o azul de um céu que caiu.
Pedaço por pedaço se desfez todo o horizonte,
Todo o inescrutável limiar do teu olhar único.
Repousas tua cabeça serenamente em descanso.
Ninguém percebe que tuas janelas foram costuradas,
Seladas para não revelar o frio lago opaco, que agora
Reside atrás destas persianas pestanas portas
fechadas.
A renda é só mais um enfeite posto para desviar a
atenção.
Sorte tem a morte que guarda teu sincero olhar
Aí, do outro lado do véu, do além, tão longe de mim.
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