Todo esqueleto
É anônimo.
Sua brancura
De morte não delata
Quem este foi em vida.
Se foi bom ou ruim,
Bonito ou feio
Santo ou pecador.
A maior expressão deixada pelos ossos
É a invencibilidade da suprema morte.
Só podem os ossos dizer em silêncio amontoado
Se pertenceram a homem ou mulher, e só.
De resto, não dizem mais nada,
Pois todo esqueleto branquíssimo
Gosta de anonimato. Esta é a razão
De se despirem de toda passada carne.
Nenhum comentário:
Postar um comentário