sexta-feira, 14 de outubro de 2016

POESIA - MÁQUINA DE COSTURA - THIAGO LUCARINI

A máquina de costura
Arremata os fios das linhas
Compondo os tecidos em vestimenta.

Da mesma forma, a vida vai
Dando os pontos, os nós em nós
Compondo a cerzidura de alguéns,

Dando modelagem ao pano fino
Que segue cobrindo o chão frio
Para os pés em passos contínuos.

No interstício mínimo de um ponto
Ao outro, o espaço para adequação,
Readaptação da roupa, da vida ao corpo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário