A noite cai
E cada prédio sonolento
Vai abrindo olhos luminosos.
Que vida estes olhos veem?
Que sonhos estes olhos projetam?
Há neles baço e remela?
A noite avança.
Destemido o prédio continua de pé
E os seus olhos vão se apagando.
É um moderno cupinzeiro
Plantado no chão do cerrado,
Só que dele, os olhos não voam,
Pois são janelas estáticas e frias,
Que não têm asas nem luminescência
Própria para avistar maiores horizontes.
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