Este olho do céu plúmbeo
Apagando os rastros do chão
Deste atípico agosto chuvoso.
Os lençóis deste céu de chumbo
Cansaram-se das cinzas e da poeira,
Da ventania quente e dos redemoinhos,
Desistiram da secura, da opacidade cinza
Das plantas, da vermelhidão agourenta da terra.
O céu de agosto chora remodelando suas concepções.
Chora o olho chumbo do céu
Chora agosto, enfim, mudado.
Saiu da mesmice ressequida para derramar-se.
Domingo, 21/08/016.
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