Não é difícil perder a poesia.
A flor perde o perfume
O pássaro perde o voo
O homem perde o amor.
Na dura lida da vida
Desencantar-se, azedar-se,
Calar-se, não voar
E fatiar a inocência
É sempre mais fácil.
Não há muito espaço
Para um bom abraço
Para as gentilezas
Para criar laços.
Notadamente
No áspero convívio
Percebe-se mais
Os espinhos das rosas
O ferrão das abelhas
Armas nas mãos alheias.
Estamos perdendo
Toda a poesia.
Socorro!
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