sexta-feira, 19 de agosto de 2016

POESIA - CRÉDITOS À SOLIDÃO - THIAGO LUCARINI



De alma fraca
E asas rasgadas

Dei créditos à solidão.
Creditei em sua conta

Minha marginal presença
Minha incurável carência.

Creditei acreditando
Que de alguma forma

No meio da noite da sarjeta
Os braços invisíveis e frios

Desta inapagável Solidão
Aqueçam-me no meu último suspiro.

De alma fraca e sonhos inválidos
Dei créditos à solidão, àquilo que eu tinha

Ao paradigma pessoal
Que jamais pude romper.

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